Wonce, gostaria de fazer um breve relato sobre utilizar o rolo como ferramenta de treinos. Espero que isso ajude não somente a você, mas a todos os colegas do Pelote.
Estou há cerca de 2 anos utilizando o rolo de treinamento como parte fundamental dos meus treinos. Nesse sentido, faço treinos estruturados no rolo durante a semana e, quando possível, pedalo na estrada nos finais de semana. É importante notar que tenho dois filhos e uma rotina profissional bem puxada, contudo, mesmo assim, consigo manter uma rotina de cerca de 6 a 8 horas semanais de treinos e, mais importante, um bom condicionamento físico. Sem falsa modéstia, pedalo num ritmo bom quando vou para a estrada e estou atualmente há mais de um ano mantendo-me na casa dos 4,2W/kg de FTP, que entendo ser um valor excelente para um entusiasta amador de 39 anos. Não sei até que ponto sou ou não beneficado geneticamente para pedalar, entretanto tenho certeza que os treinos estruturados no melhor estilo "moedor de carne" são fundamentais para a manutenção do meu atual fitness.
Como entusiasta que sou, li diversos livros de ciclismo e de treinamento de ciclismo, como, por exemplo, o Cyclist's Training Bible, Training and Racing with a Power Meter e etc, sem contar as visitas diárias a sites como o fórum do pelote.com.br e veículos estrangeiros como dcraymaker.com, bikeradar.com, cyclingtips.com, trainingpeaks.com, road.cc e etc. Nesse contexto, comecei a ler matérias e artigos sobre os benefícios de treinos intervalados de alta intensidade (High Intensity Interval Training - HIIT) e decidi verificar se esse tipo de "approach" funcionaria para mim.
Iniciei os treinos com a fórmula HIIT no rolo + estrada aos finais de semana utilizando um rolo "dumb" fluido de boa qualidade equivalente ao KK Road Machine, que é o Cycleops Fluid2. Utilizei esse rolo até recentemente e não tenho o que reclamar dele. Quanto aos treinos propriamente ditos, utilizo a plataforma TrainerRoad, que possui Training Plans fantásticos que vêm funcionando muito bem para mim. A esse respeito, sei que muita gente "torce o nariz" para Training Plans de "prateleira", contudo sempre tive para mim que, salvo alguns atletas específicos, os treinadores fazem exatamente a mesma coisa, ou seja, pegam uma planilha de treinamento da "prateleira" deles, colocam seu nome e fazem algumas adaptações. Como tenho uma boa noção sobre treinamento e sobre os sinais que meu corpo envia, prefiro pagar USD 99/ano pelo TrainerRoad e ser meu próprio treinador. Ah, o TrainerRoad tem um podcast fantástico, em que aprendi bastante sobre treinamento e formei meu convencimento de que os responsáveis pelos Training Plans, sobretudo o coach Chad, são muito bons. Fora isso, o suporte deles é incrível. Já mandei e-mails com dúvidas e todas elas foram respondidas de forma muito rápida, objetiva e prestativa.
Comecei a treinar com smat trainers há pouco menos de 6 meses, quando um grande amigo emprestou-me seu Wahoo Kickr. Considerando que não mudei nada no meu sistema de treinos a não ser a substituição do rolo, posso afirmar que a grande diferença entre treinar com o Fluid2 e o Kickr é que no primeiro eu tinha que "correr atrás" da potência alvo prescrita pelo TrainerRoad, enquanto no segundo eu tenho que "me virar" para aguentar a resistência que o TrainerRoad determina no rolo. Em outros termos, funciona mais ou menos assim: vamos supor que o treino do TrainerRoad contenha 3 intervalos de 3 minutos a 120% do FTP com 3 minutos de descanso entre eles. No Fluid2, você tem que "socar a bota" e encontrar a marcha/cadência que proporcione a potência preconizada. Guardadas as devidas diferenças, é o equivalente a dar uma puxada no plano por 3 minutos à 120% do FTP, ou seja, você tem que se concentrar para se manter no alvo. No Kickr, os 120% do FTP aparecem na sua frente e você tem que se virar para aguentar. Não é necessário ficar mantendo a concentração para manter-se na faixa de potência, pois o Kickr determina isso automaticamente, então o seu trabalho restringe-se a aguentar a sessão no "moedor de carne". Mais uma vez, guardadas as devidas diferenças, é como se aparecesse uma subida na sua frente e você tem que manter a potência preconizada para superá-la. Por fim, outra diferença fundamental relacionada com a questão da concentração e "correr atrás" da potência (Fluid2) contra "aguentar" a potência (Kickr) diz respeito à fadiga no último intervalo do exemplo proposto. No Fluid2, se você não tem mais condições de manter os 120% do FTP, você pedala no ritmo que lhe convier. No Kickr, por mais cansado que esteja, o intervalo de 120% estará lá, então não há como diminuir o ritmo.
Tendo treinado da mesma forma com rolo "dumb" e "smart", posso afirmar com bastante convicção que treinar com rolo smart é substancialmente melhor que treinar no rolo "dumb". O fato de não ter que ficar me concentrando para me manter na potência-alvo faz uma diferença enorme. Você simplesmente senta na bicicleta e aguenta a sessão que se propôs a fazer, mais ou menos como acontece quando saímos para pedalar na estrada com um grupo de amigos, principalmente quando o grupo é forte, já que os treinos são HIIT.
Confesso que ainda não utilizei o Kickr com o Zwift, então não posso opinar a esse respeito. Todavia, estou certo que as alterações de resistência no rolo "smart" simulando subidas, vácuo e etc faz com que a experiência seja bem legal.
Em resumo, meu conselho é que, se você pretende utilizar o rolo como parte importante dos seus treinos, invista em um bom rolo, seja ele "dumb" do tipo fluido e consagrado (KK Road Machine ou Cycleops Fluid2) ou "smart". Como tenho experiência em ambos os tipos de rolo, diria para você ir fundo e pegar um rolo "smart", pois realmente acho que vale a pena.
Quanto à pergunta sobre qual rolo "smart" comprar, existe uma série de questões que nós residentes no Brasil temos que endereçar. Trabalho com consultoria tributária, então, como advogado, minha rotina envolve basicamente analisar riscos e pensar em todas as coisas ruins que podem acontecer. Nesse sentido, fiz uma profunda análise das opções disponíveis e acabei decidindo pela compra do Kick Snap, mas essa escolha só foi possível pois meus pais viajaram ao exterior e puderam trazê-lo para mim.
Se não fosse por isso, o leque de opções ficaria mais restrito, principalmente pela questão tributária, pois importar bens com valor total da compra (mercadoria + frete) superior a USD 500 impõe uma carga tributária de quase 100% em comparação aos 60% quando o valor total é inferior a USD 500. Nesse sentido, minhas opções seriam o Tacx Vortex Smart ou o KK Road Machine Smart Control, que podem ser adquiridos na Bike24 por menos de USD 500.
Bom, acho que é isso. Se tiver alguma dúvida específica, estou às ordens.
Ginhocenci wrote:
Sério que acha caro?
Um Elito Drivo esta sendo vendido no Brasil por R$12.000,00.
Importando um Kickr sai uns R$9.000,00.
Um Kinetic Road Machine é vendido por R$4.000,00.
O Cyclotronics está por R$4.599,00.
Nossos concorrentes tecnicamente são os modelos Elite Drivo, Wahoo Kickr, Cycleops Hammer e Tacx Flux.
O pessoal tem esta impressão que é mais barato fabricar no Brasil. Mas isto não é real.
Então Ginho, eu acho caro sim viu. Eu não sei de custos de fabricação e nem de margens que vocês decidiram trabalhar e, sinceramente, nem gostaria de saber até por questão de ética. Isto é algo de vocês, criadores, decidirem como vão entrar no mercado, seria muito chato de minha parte entrar neste mérito.
Falando como um consumidor comum qualquer, hoje eu não compraria aqui no Brasil nenhum destes rolos que você citou, simplesmente porque o "custo Brasil" é absurdo. O Vortex Smart que tenho custa aqui 3 mil, e pelo rolo que é, é um absurdo este valor. Se pensar que um Tacx Flux fica na casa de uns 500 a 600 €, compensa mais optar por ele pelo custo final e pelo que a marca tem de experiência no mercado. Pela visão que tenho aqui na minha região dos ciclistas, são muito poucos que investiriam quase 5 mil em um rolo, investiriam provavelmente em um par de rodas para correr, por exemplo.
"But you can’t fake it on a hill. Either you can climb or you’re dropped. That’s it. Bottom line."
portoga wrote:Wonce, gostaria de fazer um breve relato sobre utilizar o rolo como ferramenta de treinos. Espero que isso ajude não somente a você, mas a todos os colegas do Pelote.
Estou há cerca de 2 anos utilizando o rolo de treinamento como parte fundamental dos meus treinos. Nesse sentido, faço treinos estruturados no rolo durante a semana e, quando possível, pedalo na estrada nos finais de semana. É importante notar que tenho dois filhos e uma rotina profissional bem puxada, contudo, mesmo assim, consigo manter uma rotina de cerca de 6 a 8 horas semanais de treinos e, mais importante, um bom condicionamento físico. Sem falsa modéstia, pedalo num ritmo bom quando vou para a estrada e estou atualmente há mais de um ano mantendo-me na casa dos 4,2W/kg de FTP, que entendo ser um valor excelente para um entusiasta amador de 39 anos. Não sei até que ponto sou ou não beneficado geneticamente para pedalar, entretanto tenho certeza que os treinos estruturados no melhor estilo "moedor de carne" são fundamentais para a manutenção do meu atual fitness.
Como entusiasta que sou, li diversos livros de ciclismo e de treinamento de ciclismo, como, por exemplo, o Cyclist's Training Bible, Training and Racing with a Power Meter e etc, sem contar as visitas diárias a sites como o fórum do pelote.com.br e veículos estrangeiros como dcraymaker.com, bikeradar.com, cyclingtips.com, trainingpeaks.com, road.cc e etc. Nesse contexto, comecei a ler matérias e artigos sobre os benefícios de treinos intervalados de alta intensidade (High Intensity Interval Training - HIIT) e decidi verificar se esse tipo de "approach" funcionaria para mim.
Iniciei os treinos com a fórmula HIIT no rolo + estrada aos finais de semana utilizando um rolo "dumb" fluido de boa qualidade equivalente ao KK Road Machine, que é o Cycleops Fluid2. Utilizei esse rolo até recentemente e não tenho o que reclamar dele. Quanto aos treinos propriamente ditos, utilizo a plataforma TrainerRoad, que possui Training Plans fantásticos que vêm funcionando muito bem para mim. A esse respeito, sei que muita gente "torce o nariz" para Training Plans de "prateleira", contudo sempre tive para mim que, salvo alguns atletas específicos, os treinadores fazem exatamente a mesma coisa, ou seja, pegam uma planilha de treinamento da "prateleira" deles, colocam seu nome e fazem algumas adaptações. Como tenho uma boa noção sobre treinamento e sobre os sinais que meu corpo envia, prefiro pagar USD 99/ano pelo TrainerRoad e ser meu próprio treinador. Ah, o TrainerRoad tem um podcast fantástico, em que aprendi bastante sobre treinamento e formei meu convencimento de que os responsáveis pelos Training Plans, sobretudo o coach Chad, são muito bons. Fora isso, o suporte deles é incrível. Já mandei e-mails com dúvidas e todas elas foram respondidas de forma muito rápida, objetiva e prestativa.
Comecei a treinar com smat trainers há pouco menos de 6 meses, quando um grande amigo emprestou-me seu Wahoo Kickr. Considerando que não mudei nada no meu sistema de treinos a não ser a substituição do rolo, posso afirmar que a grande diferença entre treinar com o Fluid2 e o Kickr é que no primeiro eu tinha que "correr atrás" da potência alvo prescrita pelo TrainerRoad, enquanto no segundo eu tenho que "me virar" para aguentar a resistência que o TrainerRoad determina no rolo. Em outros termos, funciona mais ou menos assim: vamos supor que o treino do TrainerRoad contenha 3 intervalos de 3 minutos a 120% do FTP com 3 minutos de descanso entre eles. No Fluid2, você tem que "socar a bota" e encontrar a marcha/cadência que proporcione a potência preconizada. Guardadas as devidas diferenças, é o equivalente a dar uma puxada no plano por 3 minutos à 120% do FTP, ou seja, você tem que se concentrar para se manter no alvo. No Kickr, os 120% do FTP aparecem na sua frente e você tem que se virar para aguentar. Não é necessário ficar mantendo a concentração para manter-se na faixa de potência, pois o Kickr determina isso automaticamente, então o seu trabalho restringe-se a aguentar a sessão no "moedor de carne". Mais uma vez, guardadas as devidas diferenças, é como se aparecesse uma subida na sua frente e você tem que manter a potência preconizada para superá-la. Por fim, outra diferença fundamental relacionada com a questão da concentração e "correr atrás" da potência (Fluid2) contra "aguentar" a potência (Kickr) diz respeito à fadiga no último intervalo do exemplo proposto. No Fluid2, se você não tem mais condições de manter os 120% do FTP, você pedala no ritmo que lhe convier. No Kickr, por mais cansado que esteja, o intervalo de 120% estará lá, então não há como diminuir o ritmo.
Tendo treinado da mesma forma com rolo "dumb" e "smart", posso afirmar com bastante convicção que treinar com rolo smart é substancialmente melhor que treinar no rolo "dumb". O fato de não ter que ficar me concentrando para me manter na potência-alvo faz uma diferença enorme. Você simplesmente senta na bicicleta e aguenta a sessão que se propôs a fazer, mais ou menos como acontece quando saímos para pedalar na estrada com um grupo de amigos, principalmente quando o grupo é forte, já que os treinos são HIIT.
Confesso que ainda não utilizei o Kickr com o Zwift, então não posso opinar a esse respeito. Todavia, estou certo que as alterações de resistência no rolo "smart" simulando subidas, vácuo e etc faz com que a experiência seja bem legal.
Em resumo, meu conselho é que, se você pretende utilizar o rolo como parte importante dos seus treinos, invista em um bom rolo, seja ele "dumb" do tipo fluido e consagrado (KK Road Machine ou Cycleops Fluid2) ou "smart". Como tenho experiência em ambos os tipos de rolo, diria para você ir fundo e pegar um rolo "smart", pois realmente acho que vale a pena.
Quanto à pergunta sobre qual rolo "smart" comprar, existe uma série de questões que nós residentes no Brasil temos que endereçar. Trabalho com consultoria tributária, então, como advogado, minha rotina envolve basicamente analisar riscos e pensar em todas as coisas ruins que podem acontecer. Nesse sentido, fiz uma profunda análise das opções disponíveis e acabei decidindo pela compra do Kick Snap, mas essa escolha só foi possível pois meus pais viajaram ao exterior e puderam trazê-lo para mim.
Se não fosse por isso, o leque de opções ficaria mais restrito, principalmente pela questão tributária, pois importar bens com valor total da compra (mercadoria + frete) superior a USD 500 impõe uma carga tributária de quase 100% em comparação aos 60% quando o valor total é inferior a USD 500. Nesse sentido, minhas opções seriam o Tacx Vortex Smart ou o KK Road Machine Smart Control, que podem ser adquiridos na Bike24 por menos de USD 500.
Bom, acho que é isso. Se tiver alguma dúvida específica, estou às ordens.
Oi, portoga! Muito bom o seu relato, bem detalhado, quem tiver alguma dúvida em fazer o salto do dumb para o smart vai ter um bom encorajamento. Confesso que a busca pelo rolo que estou retomando era, no início, mais uma imposição das circunstâncias (como é o inverno nos países frios), mas vejo que já tem gente usando rolos como uma opção de treino que está disponível e que apresenta conveniências sem penalizar muito o, digamos, realismo do treino.
Vou dar uma olhada nos Tacx. Não estou encontrando reviews desse KK Road Machine Smart Control e a mudança na unidade de resistência não me ajuda a formar uma opinião (e não sou bem um "early adopter").
No final, a minha equação continua a mesma, quero um combinação de baixo ruído, boa inércia, baixo risco de ter de trocar algo, preço e smart. Entendo que você ache que não vale a pena comprar algo dumb, isso foi bem fundamentado. Só que a perspectiva de não haver problemas pesa bastante na minha avaliação e, nisso, o KK Road Machine aparece na frente, apesar de ficar atrás na questão do dumbness e mesmo do preço.
Esperava mais do Elite Rampa, mas vamos ver no que dá.
Sobre essa questão de recorrer a assessorias esportivas, também ouvi algumas queixas de ciclistas que tentaram e não ficaram satisfeitos com o grau de personalização do acompanhamento. Mas lembro de um lojista, entrosado no meio competitivo, que falou alguma coisa dessas assesorias, mas também comentou que o pessoal que ele viu ter maior evolução teve um bom acompanhamento profissional, deu entender que era algo individualizado.
Esse é o meu primeiro post aqui no pelote.
Meu primeiro rolo de treino foi um kurt kinetic road machine 2.0 smart, que na realidade não é smart. Passei dois anosusando ele pra workouts no zwift e me foi bem útil, fiquei mais rápido e perdi um bom peso.
Meses atrás resolvi fazer um upgrade pra um smart trainer e então comecei a busca. Li vários reviews, DC rainmaker, road.cc e outras revistas especializadas e cheguei a conclusão que era melhor eu juntar mais uma grana e comprar um direct drive. Eu estava quase comprando um kickr quando vi um vídeo do Cyclotronics. Perguntei mais detalhes técnicos para o Ginho e depois de mais umas conversas decidi fechar com ele. Faz umas três semanas que estou com o Cyclotronics e os treinos passaram a ficar mais interessantes. É muito silencioso, mais prático e agora uso até pra dar uns giros no zwift, com o KK não fazia sentido. Recomendo fortemente!
Eu não conhecia o cyclotronics até ver os posts desse tópico. Em casa eu treino com um rolo triplo dumb (Elite Arion) e não pretendo trocar de rolo tão cedo, mas acho ótimo que tenha gente por aqui produzindo algo para competir seriamente com os smart trainers existentes. Desejo o maior sucesso do mundo para os caras, porque produzir qualquer coisa eletrônica no Brasil é uma dor de cabeça sem tamanho.
Se descanso é parte do treino, nunca treinei tanto na minha vida.
o rolo Cyclotronics é compatível com os apps Zwift e TrainerRoad na versão iOS utilizando a conexão via BLE? Pergunto isso, pois o rolo Cyclotronics não está na lista de rolos compatíveis do Zwift e também do TrainerRoad, então fiquei curioso em saber essa questão técnica.
Posso estar errado, pois meu conhecimento técnico a esse respeito é superficial, entretanto imagino que o controle eletrônico da resitência por meio da conexão ANT+ é razoavelmente simples, bastando seguir o protocolo ANT+ FE-C para assegurar que o rolo é compatível com os diversos aplicativos disponíveis no mercado. Agora, em relação à conexão via BLE, existe alguma padronização semelhante?
Papillon wrote:Adiantando, o rolo é Ant+ Portoga, tanto que acompanha o rolo o dongle ant+
Verdade, viajei! Pensei que o rolo era ANT+ e BLE.
Desculpe Portoga pela demora na resposta e obrigado Papillon e Rodrigo pelos comentários.
O rolo tem hardware com ANT+ e BLE. Mas por enquanto estamos disponibilizando apenas em ANT+.
É que o BLE ainda está um pouco bagunçado com relação aos Smart Trainer. É que atualmente fabricantes de smart e simuladores em BLE tem desenvolvido o seu próprio padrão.
No caso dos medidores de potência, sensores de cadência e velocidade e HR existem padrões já bem definido.
Mas recentemente, ainda neste ano, foi criado um padrão para o BLE equivalente ao ANT+ FE-C.
É tão recente que nem Zwift terminou de implementar, por sinal já estou em contato com eles para servir de cobaia.
Assim que finalizar os clientes poderão fazer a atualização do firmware para ANT+ FE-C / BLE. Atualização que é via ANT+.
Cyclotronics - Desenvolvimento e fabricação de Rolo de treinamento inteligente / Smart Trainer no Brasil.
Pessoal, gostaria de fazer uma atualização em relação às impressões sobre o meu rolo atual, o Wahoo Kickr Snap.
Como mencionei anteriormente, destaquei como ponto negativo o escorregamento do pneu traseiro em intervalos de baixa inércia. Para poupá-los de procurar o referido post, segue o trecho que escrevi (grifos meus):
"Em baixa inércia, ou seja, quando se pedala em marchas mais leves simulando uma subida, o Kickr é significantemente superior ao Kickr Snap.
Apesar de ainda não ter passado tanto tempo no Kickr Snap, deu para perceber que o contato direto com a transmissão (direct drive) faz toda a diferença quando se pedala em marchas leves. Percebi que como no Kickr você está diretamente "conectado" ao rolo, a baixa inércia não tem efeito algum na dinâmica do pedal, além das diferenças já esperadas.
No Kickr Snap estou ainda me adaptando aos pedais em baixa inércia e potência mais elevada, como ocorre na estradas quando enfrentamos subidas. Ontem mesmo fiz 6 intervalos de 3 minutos a 309W (122% do meu atual FTP) e o pneu traseiro ficava escorregando um pouquinho do rolete na fase da pedalada em que se aplica mais força, especialmente com a diminuição da cadência. Nesse contexto, imagino que como a potência se mantém constante em 309W, a diminuição da cadência requer que o torque necessário para girar o rolete do Kickr Snap fique maior, fazendo com que seja necessário mais atrito para que o pneu não escorregue."
Pois bem, hoje fiz um treino com alguns intervalos semelhantes àqueles mencionados no trecho acima destacado e o pneu escorregou apenas no último intervalo, quando já estava bem cansado e com cadência na casa dos 55-60 rpm. Nesse sentido, é importante destacar que o pneu escorregou bem menos do que costumava escorregar.
Notei que o rolete, na parte onde há o contato com o pneu, está com a cromeação mais áspera em função do contato do pneu, motivando um melhor "grip" e, consequentemente, menor escorregamento. Portanto, tendo em vista que o problema do escorregamento diminuiu sensivelmente em função da melhor interface entre o rolete e o pneu, posso dizer que esse pequeno incoveniente desapareceu, reforçando meu conforto em indicar o Kickr Snap para quem estiver pensando em pegar um Smart Trainer intermediário.
Estou lendo todas as páginas, e por sinal 2 vezes e estou ficando de cabelo em pé com prós e contras. Bem, sem delongas, fiz a restrição a dois modelos de uma única marca, já no Brasil.
Maxx, sugiro que tente testar antes de comprar para verificar as diferenças entre um rolo fluido e magnético. Na minha opinião o fluido é melhor, pois a resistência é mais progressiva.
Você quer comprar um rolo necessariamente novo? Com um pouco de paciência você encontra Cycleops Fluid2 por uns R$ 1.200 ou menos e Kurt Kinetic Road Machine por uns R$ 1.800 ou menos.
portoga wrote:Você quer comprar um rolo necessariamente novo?
Não, se houver um usado em bom estado e nesta média de preço tá ótimo!
Tinha no ML Fluid 2, novo por 1500 e acabei perdendo, enfim.
Fiz as contas para trazer de fora, com o 60% etc tá quase dando alguns valores daqui. Vou aguardar um pouco para ver se aparece algo, agora na época de safra dos rolos (inverno) acredito demorar um pouco, mais vou aguardar!
Ainda não testei ao vivo os dois, vou angariar isso essa semana, valeu!
Por cerca de R$ 2.000 você consegue importar comprando na Bike24.com um Tacx Vortex Smart, isso já pagando os 60% referentes ao imposto de importação. Por cerca de R$ 1.500, é possível importar um Cycleops Fluid2. Na minha opinião, por cerca de R$ 500 a mais acho que vale a pena ir de Vortex Smart.
portoga wrote:Por cerca de R$ 2.000 você consegue importar comprando na Bike24.com um Tacx Vortex Smart, isso já pagando os 60% referentes ao imposto de importação. Por cerca de R$ 1.500, é possível importar um Cycleops Fluid2. Na minha opinião, por cerca de R$ 500 a mais acho que vale a pena ir de Vortex Smart.
Com esse frio deu até vontade de comprar um smart, desanimei com o Kurt por ser Bluetooth proprietariado e não funcionar com Garmin Bluetooth. Tacx é magnético certo? E na sua opinião não tão bom quanto os de fluido.
Kurt fiquei confuso nas versões, tem os smarts T-2700/T-2800 e depois os T-6100/6200, os da linha 2000 tem uma carcaça diferente e são um pouco mais baratos.
Os Kurt tem 3 modelos, os totalmente dumb como o meu, que podem receber um sensor chamado Inride e passar informações via bluetooth para o PC/Iphone.
Os modelos "smart" da Kurt são EXATAMENTE isso.
Já os modelos "smart control" esses sim fazem oque você esta pensando (tem um motor que freia/acelera).
Liter wrote:Com esse frio deu até vontade de comprar um smart, desanimei com o Kurt por ser Bluetooth proprietariado e não funcionar com Garmin Bluetooth
portoga wrote:Por cerca de R$ 2.000 você consegue importar comprando na Bike24.com um Tacx Vortex Smart, isso já pagando os 60% referentes ao imposto de importação. Por cerca de R$ 1.500, é possível importar um Cycleops Fluid2. Na minha opinião, por cerca de R$ 500 a mais acho que vale a pena ir de Vortex Smart.
Com esse frio deu até vontade de comprar um smart, desanimei com o Kurt por ser Bluetooth proprietariado e não funcionar com Garmin Bluetooth. Tacx é magnético certo? E na sua opinião não tão bom quanto os de fluido.
Kurt fiquei confuso nas versões, tem os smarts T-2700/T-2800 e depois os T-6100/6200, os da linha 2000 tem uma carcaça diferente e são um pouco mais baratos.
Pois é, a Kurt Kinetic foi por esse caminho de utilizar um protocolo próprio e isso limita bastante a utilização do rolo a alguns aplicativos como Zwift e TrainerRoad. Além disso, acho que o ponto mais crítico é a ausência de Ant+, pois além de não ser possível controlar o rolo através do protocolo FE-C, o que abriria a possibilidade de utilização com uma infinidade de outros aplicativos, não é sequer possível transmitir os dados do rolo para o Garmin.
Acho que a possibilidade de transmitir/receber as informações de forma concomitante por meio do Bluetooth e Ant+ é uma característica fundamental não só nos rolos Smart, mas também nos medidores de potência e demais sensores. Tomando meu caso como exemplo: por meio do Bluetooth conecto ao meu iPhone o Kickr Snap, o medidor de potência (Stages) e a cinta cardíaca (Wahoo Tickr). O App TrainerRoad do iPhone controla a resistência do Kickr Snap. Paralelo a tudo isso, meu Garmin Edge 520 conecta-se via Ant+ ao Kickr Snap, recebendo velocidade, ao Stages (potência e cadência) e Wahoo Tickr (frequência cardíaca).
Sei que é possível controlar o Kickr Snap através do Garmin via Ant+, mas ainda não me aventurei a testar isso.
Troquei o meu btwin magnetico por ele recentemente, e estou gostando, porem o esforço para manter uma "media" acima de 35km/h por alguns minutos é praticamente impossivel, pois ele vai pesando consideravelmente....
fiz o teste de LT com ele no zwift e a media ficou mais baixa que o btwin....
Ainda estou na duvida de ficar com o fluid2, e inclusive estou pensando em pegar um elite turbo muin.... alguem usa esse rolo? caso positivo, poderiam postar um feedback?
utilizei um Fluid2 por quase 4 anos, portanto acredito ter bastante experiência para opinar a respeito.
De fato, manter 35 Km/h é impossível no Fluid2, pois nessa velocidade a resistência estará muito elevada. Para você ter uma ideia, meus treinos no Fluid2 terminavam sempre com uma média na casa dos 26-27 Km/h.
ai que eu fico na duvida, pois com essa resistencia, melhorar o ftp com esse rolo vai ficar impossivel, nao? vou fazer um teste com o trainerroad para ver como que fica...
laertejr wrote:ai que eu fico na duvida, pois com essa resistencia, melhorar o ftp com esse rolo vai ficar impossivel, nao? vou fazer um teste com o trainerroad para ver como que fica...
O valor absoluto da velocidade não tem nada a ver com o FTP, ou seja, manter 30Km/h ou 35Km/h é indiferente nesse sentido. Explico.
O pessoal do TrainerRoad teve a brilhante ideia de conceber o que eles chamam de "virtual power", que basicamente faz com que você tenha um medidor de potência "virtual" na sua bicicleta. Para criar o "virtual power" eles determinaram a curva de potência de quase todos os rolos disponíveis no mercado, sendo que essa tal curva de potência nada mais é do que um gráfico que diz "se a roda está girando na velocidade Y, o ciclista está gerando X watts".
Não é muito difícil entender que o "virtual power" não é tão preciso quanto ter um medidor de potência na bicicleta por conta da sua natureza indireta de obtenção da potência, bem com em função das outras variáveis como pressão do pneu e pressão do rolete no rolo. Não obstante, o "virtual power" obtido através das curvas de potência dos rolos fluidos como o Road Machine e Fluid2 fornece números razoavelmente precisos quando configurado corretamente. Adicionalmente, os números de potência permanecem constantes quando as variáveis como pressão do pneu e pressão do rolete são mantidas iguais para todo treino.
Em resumo, fazendo as configurações corretas e certificando-se que a pressão do pneu e rolete são sempre as mesmas a cada treino, você obterá valores de potência virtual bem próximos aos que obteria por meio de um medidor de potência e com boa reprodutividade. Quanto à velocidade, na medida em que seu FTP aumentar, naturalmente você conseguirá suportar maiores velocidades.
Por fim, treinei por cerca de 1 ano e meio com o "virtual power" antes de comprar meu primeiro medidor de potência. Surpreendentemente, os valores que obtia em potência virtual estavam muito próximos aos que fui obter mais tarde com a medição direta de potência.
Liter wrote:... Tacx é magnético certo? E na sua opinião não tão bom quanto os de fluido.
Kurt fiquei confuso nas versões, tem os smarts T-2700/T-2800 e depois os T-6100/6200, os da linha 2000 tem uma carcaça diferente e são um pouco mais baratos.
Depende dos modelos, os mais básicos são sim. Do Vortex para cima já é fluido.
"But you can’t fake it on a hill. Either you can climb or you’re dropped. That’s it. Bottom line."
Liter wrote:... Tacx é magnético certo? E na sua opinião não tão bom quanto os de fluido.
Kurt fiquei confuso nas versões, tem os smarts T-2700/T-2800 e depois os T-6100/6200, os da linha 2000 tem uma carcaça diferente e são um pouco mais baratos.
Depende dos modelos, os mais básicos são sim. Do Vortex para cima já é fluido.
portoga wrote: Não obstante, o "virtual power" obtido através das curvas de potência dos rolos fluidos como o Road Machine e Fluid2 fornece números razoavelmente precisos quando configurado corretamente. Adicionalmente, os números de potência permanecem constantes quando as variáveis como pressão do pneu e pressão do rolete são mantidas iguais para todo treino.
Exatamente.
O importante nesse caso é a sensação e a obtenção de resultado, nada adianta "se enganar" deixando o rolete só relando e gerando muito mais potência ilusória para ganhar corrida/kom virtual, isso é coisa pra criança. O importante no caso é sempre tentar reproduzir as mesmas condições de pressão no rolete (contar quantas voltas se dá no parafuso após encostar no pneu) e pressão do pneu.
Liter wrote:... Tacx é magnético certo? E na sua opinião não tão bom quanto os de fluido.
Kurt fiquei confuso nas versões, tem os smarts T-2700/T-2800 e depois os T-6100/6200, os da linha 2000 tem uma carcaça diferente e são um pouco mais baratos.
Depende dos modelos, os mais básicos são sim. Do Vortex para cima já é fluido.
Cara, eu falei uma merda bem grande... Do Vortex para cima não são fluidos, são electro brake. Eu nem me lembrava mais disso, mas pelo menos é um bom sinal, o rolo vem atendendo bem e não ando vendo mais rolos na net! hahahaha
"But you can’t fake it on a hill. Either you can climb or you’re dropped. That’s it. Bottom line."