Magnus wrote:O primeiro em relação ao transporte público ser eficiente nas cidades que abraçaram a causa:
Falando em São Paulo, eu discordo um pouco disso. Até porque eu concordo quando você diz que deveria haver um plano integrado.
O metrô de São Paulo tem uma qualidade (por um certo ponto de vista) bem melhor do que algumas cidades que todo mundo fala que tem um metrô bom. Os trens e as estações são novos e bem cuidados, o intervalo de trem é curtíssimo, mas tem basicamente dois problemas, a malha é pequena para o tamanho da cidade e a superlotação.
O problema da malha você corrige construindo mais. O problema disso é que custa muito, não que não possa e deva ser feito, mas é um problema considerável. São Paulo não é o lugar mais barato para se fazer metrô, nem o mais caro também.
O problema da superlotação eu sou da opinião que sempre vai existir. Pode construir 500 km de linha e isso só vai encher mais o metrô considerando que mais pessoas poderão usar. Quem desce em uma estação perto do seu trabalho vai continuar descendo na mesma estação, independente de quantos km de linhas tiver. Quem não usava por não ter estação perto de casa/trabalho vai passar a usar se tiver mais linhas.
O intervalo de trens é impossível diminuir ainda mais. Do jeito que está já é próximo do limite da segurança.
Os ônibus não são dos melhores, mas são aceitáveis, o intervalo é relativamente curto entre um e outro, te levam para qualquer canto da cidade, mas algumas linhas tem problemas de superlotação, os funcionários das empresas são péssimos e falta informação (mapas e linhas nos pontos).
Também acho impossível colocar mais ônibus nas linhas, já que fica uma fila parada no ponto esperando embarque e desembarque.
Eu penso que o problema todo do transporte (qualquer modalidade, desde andar a pé até o carro) em São Paulo está relacionado com a densidade de algumas áreas e o seu uso. O que define isso é o plano diretor, que para mim, o nosso é bizarro.
Partindo que a coisa está errada na origem, é normal ter trânsito, ter conflito entre carro e bicicleta (com ou sem ciclovia), ter um transporte público ruim. Por mais obras que se façam, vai continuar ruim.