Freios a disco
Re: Freios a disco
Quando comecei no MTB os freios eram cantilever. A evolução trouxe os V-brakes e, por fim, os freios à disco.
Até hoje não entendo por que os freios cantilever das bicicletas de ciclocross não evoluiram para v-brake ainda. O que faz mais sentido nessa ausência de evolução é a falta de disposição em aceitar mudanças e/ou evoluções, tudo isso com uma raiz ligada à tradição.
Essa mesma 'tradição' parece ser um dos grandes obstáculos à implementação de mudanças no ciclismo, sem contar que cada 'stakeholder' (ciclistas, organizadores de provas, UCI, indústria e etc.) simplesmente fica defendendo seu ponto de vista ao invés de tentar chegar a um acordo e definir em conjunto o que é melhor para o esporte. Triste.
Até hoje não entendo por que os freios cantilever das bicicletas de ciclocross não evoluiram para v-brake ainda. O que faz mais sentido nessa ausência de evolução é a falta de disposição em aceitar mudanças e/ou evoluções, tudo isso com uma raiz ligada à tradição.
Essa mesma 'tradição' parece ser um dos grandes obstáculos à implementação de mudanças no ciclismo, sem contar que cada 'stakeholder' (ciclistas, organizadores de provas, UCI, indústria e etc.) simplesmente fica defendendo seu ponto de vista ao invés de tentar chegar a um acordo e definir em conjunto o que é melhor para o esporte. Triste.
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Re: Freios a disco
de o disco tivesse a borda arredondada ou mesmo com uma espécie de anel metálico nos tais 3mm, seria absolutamente seguro. o que o torna perigoso é o formato da borda externa, tanto pelas ondulações quanto pelas quinas vivas da borda do disco...
tempos atrás vi um disco que lembrava um icetech shimano, era composto de aço inox nas faces de frenagem e uma alma de alumínio toda vazada... era bem mais espesso que o usual, e por isso, possivelmente mais seguro.
de qualquer forma... prevejo uma longa vida pros freios ferradura, hehehe!
tempos atrás vi um disco que lembrava um icetech shimano, era composto de aço inox nas faces de frenagem e uma alma de alumínio toda vazada... era bem mais espesso que o usual, e por isso, possivelmente mais seguro.
de qualquer forma... prevejo uma longa vida pros freios ferradura, hehehe!
Re: Freios a disco
Discos param mais rápido com os mesmos pneus e quanto pior a condição, maior a diferença. Próximo assunto, por favor.
Ps: Parece mesmo que existe um problema de segurança com os freios a disco como vimos no caso do Ventoso. Porém, isso se resolve com uma capa de proteção e provavelmente é isso que vai acontecer. Agora, o que não pode é querer utilizar um sistema inferior só porque o superior apresentou um problema que pode ser contornado.
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Ps: Parece mesmo que existe um problema de segurança com os freios a disco como vimos no caso do Ventoso. Porém, isso se resolve com uma capa de proteção e provavelmente é isso que vai acontecer. Agora, o que não pode é querer utilizar um sistema inferior só porque o superior apresentou um problema que pode ser contornado.
Na minha frente não vejo problemas, dúvidas ou contas atrasadas. Na minha frente só vejo uma roda.
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Re: Freios a disco
Queria ver um teste desse com rodas com bordas de aluminio.
Re: Freios a disco
Sim, mudaria bastante coisa. Mas, assim como existe a pressão da indústria e do consumidor por freios a disco, existe também para rodas full carbon. A UCI simplesmente não tem como voltar atrás agora e falar que só pode roda de alumínio depois de anos de liberação de roda de carbono, entende?ReinaldoBrisolla wrote:Queria ver um teste desse com rodas com bordas de aluminio.
No fim, os interesses dos ciclistas devem ser atendidos tanto quanto os interesses da indústria e do consumidor. Afinal, os atletas fazem o esporte com o dinheiro que vem da indústria, que por sua vez se sustenta com o dinheiro que vem do nosso bolso. Se todas as partes não estiverem satisfeitas, o negócio desanda. Não tem como fugir disso.
Para verificar isso basta pegar os comentários de qualquer site de ciclismo. Se fizer uma análise de mídia social (coisa que faço todo dia), vai perceber que existe uma pressão enorme do próprio consumidor para liberação de freios a disco, peso mínimo menor, etc, etc, etc. Hoje em dia não da mais pra fechar os olhos pra isso.
PS: Posso estar enganado, mas não me lembro de nenhuma roda com pista de alumínio que fosse leve como um conjunto de full carbon, seja com freios a disco ou ferraduras.
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Re: Freios a disco
Não questiono esse ponto, realmente gostaria de saber se para meros mortais com restrição de $$ faria tanta diferença, a eficácia da frenagem em rodas de carbono com toda a certeza terá uma enorme diferença, mas em aros de aluminio ou carbono com borda de aluminio não acho que teria toda essa diferença.
Digo isso porque a questão de segurança é vital e, como bem sabemos a tendencia da industria ciclistica é a de abandonar a fabricação de peças com a evolução, será que realmente vale a pena trocar uma bike inteira só para se ter um poder de frenagem melhor/mais eficiente ou a industria continuará com a produção de ferraduras e aros normais? A tendencia dos fabricantes em ir eliminando aos poucos as linhas mais antigas através da eliminação de peças dos grupos top end, depois para os mid end e, assim sucessivamente é clara.
Até porque sou purista, não me imagino usando um grupo eletronico a nao ser que seja obrigado a tê-lo.
Digo isso porque a questão de segurança é vital e, como bem sabemos a tendencia da industria ciclistica é a de abandonar a fabricação de peças com a evolução, será que realmente vale a pena trocar uma bike inteira só para se ter um poder de frenagem melhor/mais eficiente ou a industria continuará com a produção de ferraduras e aros normais? A tendencia dos fabricantes em ir eliminando aos poucos as linhas mais antigas através da eliminação de peças dos grupos top end, depois para os mid end e, assim sucessivamente é clara.
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Re: Freios a disco
portoga wrote:Quando comecei no MTB os freios eram cantilever. A evolução trouxe os V-brakes e, por fim, os freios à disco.
Até hoje não entendo por que os freios cantilever das bicicletas de ciclocross não evoluiram para v-brake ainda. O que faz mais sentido nessa ausência de evolução é a falta de disposição em aceitar mudanças e/ou evoluções, tudo isso com uma raiz ligada à tradição.
Essa mesma 'tradição' parece ser um dos grandes obstáculos à implementação de mudanças no ciclismo, sem contar que cada 'stakeholder' (ciclistas, organizadores de provas, UCI, indústria e etc.) simplesmente fica defendendo seu ponto de vista ao invés de tentar chegar a um acordo e definir em conjunto o que é melhor para o esporte. Triste.
Se não me engano o manete para v-brake precisa puxar mais cabo que o cantilever. Aí para colocar em uma bicicleta de ciclocross precisaria de um outro manete. Para o fabricante fica ruim fazer um modelo para estrada e uma para ciclocross.
Talvez seja por isso.
Eu concordo que o ciclismo é um esporte que gosta da sua tradição, mas historicamente sempre procurou inovar também (no mínimo como teste) e em ocasiões que inovaram sem nenhum prejuízo a mudança foi bem aceita.
Nunca medir a altura da montanha até chegar ao topo. Em seguida verá o quão baixa ela era.
Dag Hammarskjöld
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Re: Freios a disco
Acho que vai demorar BASTANTE para isso acontecer, principalmente que a diferença de desempenho é menos significativa do que no MTB. Porém, quando isso acontecer, acredito que o sistema será barato e vantajoso a ponto de caber no bolso até do consumidor menos abastado. Vide Shimano que lançou outro dia disco Tiagra.ReinaldoBrisolla wrote:Não questiono esse ponto, realmente gostaria de saber se para meros mortais com restrição de $$ faria tanta diferença, a eficácia da frenagem em rodas de carbono com toda a certeza terá uma enorme diferença, mas em aros de aluminio ou carbono com borda de aluminio não acho que teria toda essa diferença.
Digo isso porque a questão de segurança é vital e, como bem sabemos a tendencia da industria ciclistica é a de abandonar a fabricação de peças com a evolução, será que realmente vale a pena trocar uma bike inteira só para se ter um poder de frenagem melhor/mais eficiente ou a industria continuará com a produção de ferraduras e aros normais? A tendencia dos fabricantes em ir eliminando aos poucos as linhas mais antigas através da eliminação de peças dos grupos top end, depois para os mid end e, assim sucessivamente é clara.
Até porque sou purista, não me imagino usando um grupo eletronico a nao ser que seja obrigado a tê-lo.
Ademais, só completando o que disse acima. O uso do disco acaba abrindo portas e forçando o desenvolvimento do restante da bike para áreas que antes não eram possíveis ou necessárias. A Michelin, por exemplo, acaba de lançar uma linha de pneus que chegam a ter 85% mais aderência longitudinal no molhado JUSTAMENTE pra poder usar melhor o poder dos discos.
Agora, pensa aqui comigo: um freio mais potente com um pneu que permite frenagens muito mais fortes na chuva é ou não uma vantagem para todo mundo?
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Re: Freios a disco
Premonição? Só errei o membro.marcoaleite wrote:Fico imaginando um tombo no pelotão e você cair com o braço no meio de uma roda dianteira com disco... Não vai prestar mesmo!!
"But you can’t fake it on a hill. Either you can climb or you’re dropped. That’s it. Bottom line."
Re: Freios a disco
Não sei aqui quantos acompanham o automobilismo, mas creio ser fácil de captar uma analogia simples, F1 x Findy, enquanto a categoria predominantemente europeia primou pelos avanços tecnológicos e por ter o topo de linha tanto em pilotos, como patrocínios, equipes e materiais, a categoria americana primou por ter a "alma" e essência da competitividade, o resultado é que hoje 20 anos após a "guerra" F1xIndy a F1 é um evento de 2bilhões de dólares anuais e a Indy mal beira 1/10 disso com 90% focado na prova histórica de maio.
O pelotão pro-tour ainda carece de um Bernie Ecclestone, a administração dos direitos de prova é muito mal distribuído de forma a fazer com que o patrocínio de uma equipe seja quase uma filantropia, Oleg já alertou sobre isso ano passado. Negar a evolução de materiais e componentes é negar a essência do próprio esporte, a maior prova disso foram os quase 30 anos do recorde da hora congelados pelas regras.
Assim como já levantei anteriormente, os discos são um caminho sem volta com um período de adaptação que acredito será rápido.
O pelotão pro-tour ainda carece de um Bernie Ecclestone, a administração dos direitos de prova é muito mal distribuído de forma a fazer com que o patrocínio de uma equipe seja quase uma filantropia, Oleg já alertou sobre isso ano passado. Negar a evolução de materiais e componentes é negar a essência do próprio esporte, a maior prova disso foram os quase 30 anos do recorde da hora congelados pelas regras.
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Re: Freios a disco
Bem observado, Papito! Quando mencionei o fato dos 'stakeholders' do ciclismo não estarem alinhados quando ao futuro do esporte é basicamente o oposto do que ocorre com a F1.Papillon wrote: O pelotão pro-tour ainda carece de um Bernie Ecclestone, a administração dos direitos de prova é muito mal distribuído de forma a fazer com que o patrocínio de uma equipe seja quase uma filantropia, Oleg já alertou sobre isso ano passado. Negar a evolução de materiais e componentes é negar a essência do próprio esporte, a maior prova disso foram os quase 30 anos do recorde da hora congelados pelas regras.
Assim como já levantei anteriormente, os discos são um caminho sem volta com um período de adaptação que acredito será rápido.
Re: Freios a disco
Exato Portoga, o Pro-Tour funciona ainda igualzinho a F1 pré Pacto de Concórdia ou a ATP pré-Open Era, ou seja...esta no início dos anos 70.
Talvez seja motivo para uma matéria específica mas funcionam assim basicamente:
F1/Tênis: Uma empresa em nome das equipes/atletas coordena valores de transmissão e prêmios de toda temporada e a maior parte dos valores é repassada como direito de imagem às equipes/esportistas, toda parte da organização é centralizada e mantido um padrão nos eventos. Obviamente o tênis mais se assemelha ao ciclismo por conta de haverem eventos de dimensão distinta, desde um future/challenger local a torneios ATP100, ATP200, ATP250, ATP500, ATP1000 e os GS
Já no ciclismo empresas distintas organizam e gerenciam as provas, os prêmios são infimamente menores (um ATP250 premia mais que um Tour de France), a distribuição de direitos de imagem não existe (as imagens pertencem aos organizadores como a ASO e fim de papo), podem me chamar de leviano mas a ASO esta arrasando com o ciclismo, como ela arrasou com o Paris-Dakar nos últimos 25 anos.
Agora o problema é o tanto de prova importante que a ASO organiza,das provas mais importantes são delas:Tour de France, Paris-Roubaix, Vuelta a Espana, Liége-Bastogne-Liége, Fleché Vallone entre outras. A RCS Italiana organiza o Giro, Milan-Sanremo, Strade Bianchi, Tirreno Adriatico entre outras.. são as principais organizadoras.
Bom e as equipes?Onze das principais equipes se uniram e formaram a Velon, uma "Formula One Management" do ciclismo e já esta fechando algumas provas, e tem muitos dedos de Oleg Tinkoff nisso. O que teremos já em 2017? Um world-tour dividido em 3? As principais provas nas mãos de uma empresa que não cede? Equipes desesperadas por dinheiro?
Fica minha torcida para que a Velon prevaleça e faça mudanças no Pro-Tour, talvez não como o enxugamento que a UCI tentou promover ano passado (burro e impositivo por sinal) mas sim num modelo mais próximo da ATP e que permitiria maior flexibilidade inclusive às organizadoras como a ASO.
Talvez seja motivo para uma matéria específica mas funcionam assim basicamente:
F1/Tênis: Uma empresa em nome das equipes/atletas coordena valores de transmissão e prêmios de toda temporada e a maior parte dos valores é repassada como direito de imagem às equipes/esportistas, toda parte da organização é centralizada e mantido um padrão nos eventos. Obviamente o tênis mais se assemelha ao ciclismo por conta de haverem eventos de dimensão distinta, desde um future/challenger local a torneios ATP100, ATP200, ATP250, ATP500, ATP1000 e os GS
Já no ciclismo empresas distintas organizam e gerenciam as provas, os prêmios são infimamente menores (um ATP250 premia mais que um Tour de France), a distribuição de direitos de imagem não existe (as imagens pertencem aos organizadores como a ASO e fim de papo), podem me chamar de leviano mas a ASO esta arrasando com o ciclismo, como ela arrasou com o Paris-Dakar nos últimos 25 anos.
Agora o problema é o tanto de prova importante que a ASO organiza,das provas mais importantes são delas:Tour de France, Paris-Roubaix, Vuelta a Espana, Liége-Bastogne-Liége, Fleché Vallone entre outras. A RCS Italiana organiza o Giro, Milan-Sanremo, Strade Bianchi, Tirreno Adriatico entre outras.. são as principais organizadoras.
Bom e as equipes?Onze das principais equipes se uniram e formaram a Velon, uma "Formula One Management" do ciclismo e já esta fechando algumas provas, e tem muitos dedos de Oleg Tinkoff nisso. O que teremos já em 2017? Um world-tour dividido em 3? As principais provas nas mãos de uma empresa que não cede? Equipes desesperadas por dinheiro?
Fica minha torcida para que a Velon prevaleça e faça mudanças no Pro-Tour, talvez não como o enxugamento que a UCI tentou promover ano passado (burro e impositivo por sinal) mas sim num modelo mais próximo da ATP e que permitiria maior flexibilidade inclusive às organizadoras como a ASO.
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Re: Freios a disco
Já falei isso antes, e volto a repetir: vejo a introdução dos discos nas road da mesma forma que a introdução das rodas 29" nas MTB. No começo a maioria torcia o nariz, mas num espaço de três anos a situação se inverteu completamente. Antes quase ninguém usava implementos agrícolas com rodas 29", e hoje quase ninguém usa tratores com rodas 26". E quem tem uma MTB 26er hoje viu o valor de mercado de sua bike despencar. Peças para aro 26 chegam a ser vendidas pela metade do preço das peças para 29. Como sempre, os early adopters estão pagando caro pra ter os discos nas road. E daqui uns cinco anos, quem tiver uma road bike com ferradura vai amargar uma desvalorização enorme quando for vender a bike. Achar o ponto de equilíbrio nesse intervalo é que é a questão. Quanto aos aos tradicionalistas que abominam os discos, não sei porque reclamam tanto. Daqui uns anos vão poder comprar bikes top com ferradura a preços de liquidação. Todo mundo vai sair ganhando com isso.Papillon wrote:Assim como já levantei anteriormente, os discos são um caminho sem volta com um período de adaptação que acredito será rápido.
"Treinamento é como lutar com um gorila. Você não pára quando você está cansado. Você pára quando o gorila está cansado." (Greg Henderson)
Re: Freios a disco
Não tem uma empresa chinesa 'gigante' fazendo aquisições de provas para ganhar musculatura frente à ASO? Li algo a esse respeito, mas não lembro o nome da empresa, tampouco quais provas ela comprou e em qual 'pé' está a coisa.Papillon wrote:Exato Portoga, o Pro-Tour funciona ainda igualzinho a F1 pré Pacto de Concórdia ou a ATP pré-Open Era, ou seja...esta no início dos anos 70.
Talvez seja motivo para uma matéria específica mas funcionam assim basicamente:
F1/Tênis: Uma empresa em nome das equipes/atletas coordena valores de transmissão e prêmios de toda temporada e a maior parte dos valores é repassada como direito de imagem às equipes/esportistas, toda parte da organização é centralizada e mantido um padrão nos eventos. Obviamente o tênis mais se assemelha ao ciclismo por conta de haverem eventos de dimensão distinta, desde um future/challenger local a torneios ATP100, ATP200, ATP250, ATP500, ATP1000 e os GS
Já no ciclismo empresas distintas organizam e gerenciam as provas, os prêmios são infimamente menores (um ATP250 premia mais que um Tour de France), a distribuição de direitos de imagem não existe (as imagens pertencem aos organizadores como a ASO e fim de papo), podem me chamar de leviano mas a ASO esta arrasando com o ciclismo, como ela arrasou com o Paris-Dakar nos últimos 25 anos.
Agora o problema é o tanto de prova importante que a ASO organiza,das provas mais importantes são delas:Tour de France, Paris-Roubaix, Vuelta a Espana, Liége-Bastogne-Liége, Fleché Vallone entre outras. A RCS Italiana organiza o Giro, Milan-Sanremo, Strade Bianchi, Tirreno Adriatico entre outras.. são as principais organizadoras.
Bom e as equipes?Onze das principais equipes se uniram e formaram a Velon, uma "Formula One Management" do ciclismo e já esta fechando algumas provas, e tem muitos dedos de Oleg Tinkoff nisso. O que teremos já em 2017? Um world-tour dividido em 3? As principais provas nas mãos de uma empresa que não cede? Equipes desesperadas por dinheiro?
Fica minha torcida para que a Velon prevaleça e faça mudanças no Pro-Tour, talvez não como o enxugamento que a UCI tentou promover ano passado (burro e impositivo por sinal) mas sim num modelo mais próximo da ATP e que permitiria maior flexibilidade inclusive às organizadoras como a ASO.
Re: Freios a disco
revivendo esse tópico
sempre achei que o freio a disco era totalmente desnecessário em bikes de estrada já que o fator limitante da frenagem era o pneu e não a eficiência da pastilha na roda, inclusive já defendi isso aqui.
Recentemente conversei com um ciclista mais experiente e mudei um pouco de ideia, em algumas provas entre profissionais ele pode fazer diferença, principalmente nas que envolvem trechos longos em descida técnica, isso porque ocorre uma variação grande na temperatura do pneu levando a grande variação da pressão e da "dirigibilidade". Usando como exemplo alguma etapa fictícia do Giro
1. Largada: Tpneu (semelhante a T ambiente) = 15ºC (288K); Ppneu15 = 150psi (alguns pneus podem ser calibrados com até 220psi)
2. Topo da montanha mais alta: Tpneu (semelhante a T ambiente) = 5ºC (278K); Ppneu5 = 145psi
3. Descida da montanha: Tpneu (há registro de que cheguem a esquentar a mais de 150ºC) = 423K; Ppneu150 = 220psi
- mas se o ciclista decidiu largar com a calibragem no talo (220psi) na descida ele pode até passar de 320psi
* considerando que a variação do volume do pneu é desprezível com essas pressões
** considerando a temperatura na descida uma boa aproximação estimada por câmera térmica
*** se as estimativas estiverem próximas de correta imagino que o freio a disco pode fazer bastante diferença nas descidas, permitindo inclusive maior agressividade. Acredito também que eventualmente possa justificar os casos de pneus (principalmente dianteiros em rodas de carbono) estourados nas descidas.
**** no momento acho que entre ciclistas do WT em algumas provas específicas possa fazer uma diferença significativa
sempre achei que o freio a disco era totalmente desnecessário em bikes de estrada já que o fator limitante da frenagem era o pneu e não a eficiência da pastilha na roda, inclusive já defendi isso aqui.
Recentemente conversei com um ciclista mais experiente e mudei um pouco de ideia, em algumas provas entre profissionais ele pode fazer diferença, principalmente nas que envolvem trechos longos em descida técnica, isso porque ocorre uma variação grande na temperatura do pneu levando a grande variação da pressão e da "dirigibilidade". Usando como exemplo alguma etapa fictícia do Giro
1. Largada: Tpneu (semelhante a T ambiente) = 15ºC (288K); Ppneu15 = 150psi (alguns pneus podem ser calibrados com até 220psi)
2. Topo da montanha mais alta: Tpneu (semelhante a T ambiente) = 5ºC (278K); Ppneu5 = 145psi
3. Descida da montanha: Tpneu (há registro de que cheguem a esquentar a mais de 150ºC) = 423K; Ppneu150 = 220psi
- mas se o ciclista decidiu largar com a calibragem no talo (220psi) na descida ele pode até passar de 320psi
* considerando que a variação do volume do pneu é desprezível com essas pressões
** considerando a temperatura na descida uma boa aproximação estimada por câmera térmica
*** se as estimativas estiverem próximas de correta imagino que o freio a disco pode fazer bastante diferença nas descidas, permitindo inclusive maior agressividade. Acredito também que eventualmente possa justificar os casos de pneus (principalmente dianteiros em rodas de carbono) estourados nas descidas.
**** no momento acho que entre ciclistas do WT em algumas provas específicas possa fazer uma diferença significativa
Re: Freios a disco
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Re: Freios a disco
Até no Triathlon já chegou:
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Re: Freios a disco
O cara contesta que os atletas tenham se machucado com o freio a disco e em outras publicação ele afirma que não tem perigo, mas informa que a Shimano está fazendo discos com as bordas abauladas e proteções para os discos. Ou seja, é a mesma coisa que você falar, olha a radioatividade não é perigosa, mas poe essa roupa de chumbo, rs...
100% de nada não é nada: É muito pouco.
Re: Freios a disco
Eu não digo que não há perigo, mas o risco e as consequências são quase as mesmas de se machucar com uma coroa, cassete ou uma roda girando.
A Shimano está desenvolvendo discos com as bordas abauladas e proteções para os discos, para diminuir estes riscos, que já são baixos, e acabar com o mimimi. Evidentemente com interesse comercial, mas isso não exclui a superioridade dos discos em relação as ferraduras.
A Shimano está desenvolvendo discos com as bordas abauladas e proteções para os discos, para diminuir estes riscos, que já são baixos, e acabar com o mimimi. Evidentemente com interesse comercial, mas isso não exclui a superioridade dos discos em relação as ferraduras.
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Re: Freios a disco
rad wrote:A Shimano está desenvolvendo discos com as bordas abauladas e proteções para os discos, para diminuir estes riscos, que já são baixos, e acabar com o mimimi. Evidentemente com interesse comercial, mas isso não exclui a superioridade dos discos em relação as ferraduras.
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Re: Freios a disco
Bom, vou deixar meu depoimento/impressão aqui.
Tive uma bike com ferraduras, rodas de alumínio e troquei por uma com freios a disco.
Seguem meus prós e contras
Prós:
1 - Potência e principalmente consistência na freagem em qualquer tipo de condição. Mesmo em baixo de chuva forte, da de confiar que os discos vão funcionar perfeitamente. Digo isso por que antes de ir para os discos na Speed, usava na MTB e nunca nem titubiaram para freiar.
2 - Utilizar pneus mais largos como 30c pra mais. (Depois tem uma foto da minha com pneus 35c) - Isso possibilita utilizar a bike em diversas condições, Transforma uma Road em uma "all road" ou até mesmo uma Gravel Bike.
3 - Puxar papo nos pedais, já que todo mundo vem perguntar como é uma Road bike com discos. =PPP hahahaha
Contras:
1 - Regulagem. Não que seja difícil de regular, mas requer um pouco mais de tempo e paciência. As vezes na retirada das rodas, é necessário re-centralizar as pinças. Isso já foi solucionado com os eixos passantes, mas a minha ainda é do modelo antigo de eixos.
2 - Caso vc queira um segundo par de rodas, tem que investir em 2 rotores extras.
3 - Peso. Eu diria que o conjunto de freio a disco é 50% mais pesado que um conjunto de ferraduras. Se não mais.
Pra mim, a troca foi super válida.
Posso utilizar pneus mais borrachudos, perdendo desempenho, ganhando muito mais conforto e podendo utilizar a bike em praticamente qualquer terreno sem preocupações excessivas. Seguem as fotos:
Com as rodas novas e pneus originais 28c:
Com as rodas originais e pneus 35c:
Valeu!
Tive uma bike com ferraduras, rodas de alumínio e troquei por uma com freios a disco.
Seguem meus prós e contras
Prós:
1 - Potência e principalmente consistência na freagem em qualquer tipo de condição. Mesmo em baixo de chuva forte, da de confiar que os discos vão funcionar perfeitamente. Digo isso por que antes de ir para os discos na Speed, usava na MTB e nunca nem titubiaram para freiar.
2 - Utilizar pneus mais largos como 30c pra mais. (Depois tem uma foto da minha com pneus 35c) - Isso possibilita utilizar a bike em diversas condições, Transforma uma Road em uma "all road" ou até mesmo uma Gravel Bike.
3 - Puxar papo nos pedais, já que todo mundo vem perguntar como é uma Road bike com discos. =PPP hahahaha
Contras:
1 - Regulagem. Não que seja difícil de regular, mas requer um pouco mais de tempo e paciência. As vezes na retirada das rodas, é necessário re-centralizar as pinças. Isso já foi solucionado com os eixos passantes, mas a minha ainda é do modelo antigo de eixos.
2 - Caso vc queira um segundo par de rodas, tem que investir em 2 rotores extras.
3 - Peso. Eu diria que o conjunto de freio a disco é 50% mais pesado que um conjunto de ferraduras. Se não mais.
Pra mim, a troca foi super válida.
Posso utilizar pneus mais borrachudos, perdendo desempenho, ganhando muito mais conforto e podendo utilizar a bike em praticamente qualquer terreno sem preocupações excessivas. Seguem as fotos:
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Re: Freios a disco
Bela bike. Assim que o pessoal do Pro Tour passar a usar os discos todo mundo vai querer usar.
Re: Freios a disco
penso exatamente assim.Jonny B Good wrote:Bela bike. Assim que o pessoal do Pro Tour passar a usar os discos todo mundo vai querer usar.
Ano que vem aposto 90% das bikes do pelote pro tour serão disco, assim como a vasta maioria nas lojas grandes... isso vai mitigar rapidamente e ninguém vai querer quadro a ferradura.
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Re: Freios a disco
Papito, será que eles vão permitir de novo a opção individual? Acho que o ideal seria ninguém ou todo mundo usando...Papillon wrote:penso exatamente assim.Jonny B Good wrote:Bela bike. Assim que o pessoal do Pro Tour passar a usar os discos todo mundo vai querer usar.
Ano que vem aposto 90% das bikes do pelote pro tour serão disco, assim como a vasta maioria nas lojas grandes... isso vai mitigar rapidamente e ninguém vai querer quadro a ferradura.
"Tudo deve ser feito da forma mais simples possível, mas não mais simples que isso!"
Re: Freios a disco
Pelo que li será opcional em 2017 e obrigatório em 2018, porém continuam relatos de queimaduras o que penso deve motivar adoção de capinhas protetoras.
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Re: Freios a disco
A promessa do freio a disco era abaixar o peso das rodas, já que não precisaria ter um aro tão robusto.
No MTB teve essa promessa também na época, mas não se concretizou.
Estava reparando na Fulcrum e o peso aumentou consideravelmente com o disco.
Sem disco: 1280g
http://www.fulcrumwheels.com/it/ruote/r ... /speed-55T
Com disco: 1395g
http://www.fulcrumwheels.com/it/ruote/r ... eed-55T-DB
Chegaram a ver outras marcas?
No MTB teve essa promessa também na época, mas não se concretizou.
Estava reparando na Fulcrum e o peso aumentou consideravelmente com o disco.
Sem disco: 1280g
http://www.fulcrumwheels.com/it/ruote/r ... /speed-55T
Com disco: 1395g
http://www.fulcrumwheels.com/it/ruote/r ... eed-55T-DB
Chegaram a ver outras marcas?
Nunca medir a altura da montanha até chegar ao topo. Em seguida verá o quão baixa ela era.
Dag Hammarskjöld
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Re: Freios a disco
Precisava ver o conjunto tb
Roda + sistema freio no aro
Roda + Sistema Disco
Suspeito que o sistema disco também é mais pesado
Edit: Porém pelo q li, a maior vantagem que vendem nem é peso, mas sim, modulação, temperatura, limpeza, eficiência etc etc etc.
Roda + sistema freio no aro
Roda + Sistema Disco
Suspeito que o sistema disco também é mais pesado
Edit: Porém pelo q li, a maior vantagem que vendem nem é peso, mas sim, modulação, temperatura, limpeza, eficiência etc etc etc.
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Re: Freios a disco
O sistema a disco é mais pesado também. O que eu comparei deu 150g a mais.
A diminuição do peso era um das vantagens que vendiam.
No geral vão ter que carregar esse peso a mais durante toda a corrida para ter uma suposta melhora na frenagem, usada apenas em determinados momentos.
A diminuição do peso era um das vantagens que vendiam.
No geral vão ter que carregar esse peso a mais durante toda a corrida para ter uma suposta melhora na frenagem, usada apenas em determinados momentos.
Nunca medir a altura da montanha até chegar ao topo. Em seguida verá o quão baixa ela era.
Dag Hammarskjöld
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Re: Freios a disco
a escolha para bicicletas de estrada pelo freio a disco só se traduz em provas com longas descidas, o resto é marketing.
Na conta do sistema precisa:
Roda+ferradura+manetes+conduites+cabos e comparar com
Roda+disco+pinças+manetes+conduites+cabos.
aro e manetes são mais leves no sistema a disco, o resto é mais pesado.
Na conta do sistema precisa:
Roda+ferradura+manetes+conduites+cabos e comparar com
Roda+disco+pinças+manetes+conduites+cabos.
aro e manetes são mais leves no sistema a disco, o resto é mais pesado.
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Re: Freios a disco
Freio à disco, a saga
Para uso competitivo, ainda não tenho provas, mas tenho convicção que são desnecessários.
Mas, se a bike for para uso misto ( treino, commuter) faz diferença bizarra quando no "susto".
Usando a MTB da minha esposa, que é mecânico, a frenagem é mais ágil, logo, acho interessante os freios à disco quando a proposta da bike for diversificada.
Para uso competitivo, ainda não tenho provas, mas tenho convicção que são desnecessários.
Mas, se a bike for para uso misto ( treino, commuter) faz diferença bizarra quando no "susto".
Usando a MTB da minha esposa, que é mecânico, a frenagem é mais ágil, logo, acho interessante os freios à disco quando a proposta da bike for diversificada.