Pessoal,
Ontem, depois de um mês parado, eu saí para fazer um pedal sem muitas preocupações em treinar uma zona específica. Fui rodar com o objetivo de manter a cadência acima dos 95 rpm (o que acabei finalizando uma média de 90 rpm) e fazer uma variação legal, para analisar as coisas no GC e ter mais entendimento dos conceitos que aprendí no livro do Allen e Coogan. Como foi um pedal sem objetivos específicos, vou abster-me de comentar detalhadamente os gráficos desta vez.
Segue alguns gráficos:
Figura 1 - QA 08/03/2014
Figura 2 - CP 08/03/2014
Figura 3 - Histograma de Potência 08/03/2014
Figura 4 - Histograma de Cadência 08/03/2014
Figura 5 - Cadência x Velocidade 08/03/2014
Para quem vem acompanhando aqui o que tenho postado, deve se lembrar que eu vinha num treinamento de base, seguindo um programa híbrido, o qual misturava os conceitos do
Friel e as dicas de treinamento do Clythio. Fevereiro foi um mês confuso e os treinamentos acabaram por minguar. Aproveitei para estudar melhor os conceitos do PM e fiquei curioso para entender melhor como a fisiologia se adapta aos programas de treinamento.
Dá para observar que existe muita experiência nas coisas que o Clythio falava nos posts dele, principalmente coisas relacionadas à limitação de tempo, que nós amadores, estamos sujeitos. Eu, como bem lembrado pelo Marco, master B estou muito mais sujeito à degradação no condicionamento após uma parada nos treinamentos. Isso fica claro quando comparo os números obtidos no último protocolo de FTP, feito no dia 01/02/2014 (Figuras 6 a 10).
Figura 6 - QA do Protocolo FTP 01/02/2014
Figura 7 - CP do Protocolo FTP 01/02/2014
Figura 8 - Histograma de Potência do Protocolo FTP 01/02/2014
Figura 9 - Histograma de Cadência do Protocolo FTP 01/02/2014
Figura 10 - Cadência vs. Velocidade do Protocolo FTP 01/02/2014
Fica bem claro que, baseado no meu consumo energético eu preciso repor carboidrato de forma regular sempre após a segunda hora de pedal. Comparei os números com outros pedais longos (>100 km) e o perfil de fadiga é o mesmo. Há uma queda perceptível na geração de força além desse limite. Isso também indica duas coisas:
1)
Você tem o que treina - Eu raramente faço longões. Meus treinos são normalmente inferiores à 140 min. O recrutamento das fibras aeróbias precisa ser melhor treinado.
2)
Perfil de potência - Cada vez mais, fica claro para mim que, mesmo com um treino sem pretensões como o de ontem e com valores específicos de um ciclista categoria 5, o meu perfil se aproximaria mais de um pacer ou de um fugador de média distância (4-5 km) ou de um ciclista de TT. Eu já havia comentado isso com alguns amigos daqui do Recife.
Nível de Fadiga Neuromuscular
5 sec Peak Power (watts/kg): 8,65 (100%)
10 sec Peak Power (watts/kg): 8,28 (4,28%) - acima da média
20 sec Peak Power (watts/kg): 7,83 (9,48%) - acima da média
Nível de Fadiga Capacidade Anaeróbia
30 sec Peak Power (watts/kg): 7,26 (100%)
1 min Peak Power (watts/kg): 5,29 (27,13%) - abaixo da média
2 min Peak Power (watts/kg): 3,71 (48,90%) - abaixo da média
Nível de Fadiga VO2max
3 min Peak Power (watts/kg): 3,39 (100%)
5 min Peak Power (watts/kg): 3,01 (11,21%) - na média
8 min Peak Power (watts/kg): 2,84 (16,22%) - acima da média
Nível de Fadiga Limite de Lactato
20 min Peak Power (watts/kg): 2,48 (100%)
60 min Peak Power (watts/kg): 2,06 (16,94%) - abaixo da média
90 min Peak Power (watts/kg): 2,01 (18,95%) - abaixo da média
Essas semanas que entram, eu vou buscar recuperar o condicionamento Neuromuscular para realizar um novo protocolo de FTP na segunda, dia 26/03. Ao longo da semana 13, vou também realizar os protocolos de fadiga (embora o FIDA afirme que não valem de muita coisa).
É isso. Abraços.
P.