Audax Queluz concluído. Subir nunca foi meu ponto forte, mas consegui fechar a prova relativamente tranquilo. Eu tinha combinado de ir com mais dois amigos, mas um teve uma emergência no trampo e o outro ficou gripado, aí fui sozinho mesmo e com vento no peito 100% do percurso. Consegui manter o passo direitinho e aliviei um pouco nas subidas, depois de ontem acredito que o meu perfil é mesmo para gregário, mesmo no final da prova e bem cansado eu conseguia manter 30, 35 km/h na boa...
A previsão era de tempo nublado e chuva, acabei deixando o filtro solar na mala. Contrariando a previsão, pra variar, o maçarico abriu forte, parecia que tinha um sol para cada ciclista. Chuva mesmo só nos últimos 30 km e isso atrapalhou muito a minha média porque as rodas de carbono não freiam bem molhadas, então não dava para deixar embalar. Descidas para 60 km/h eu segurava a 25, 30... Outra coisa que atrapalhou muito foi o paralelepípedo em TODAS as cidades, e ainda por cima aquele paralelepípedo velho, cheio de buracos. Dificilmente eu chegava a 10km/h nesses trechos, em alguns momentos até optei por empurrar pela calçada. Mesmo assim cheguei num tempo bom.
Outra coisa que me atrapalhou um pouco no final foi a bolsa de top tube que uso nos Audax de Rio das Ostras. Em Rio das Ostras a altimetria não tira a gente do selim, já em Queluz... O problema é que pedalando em pé os meus joelhos batiam na bolsa, então eu pedalava com os joelhos para fora ou mais para atrás. Numa das subidas, faltando uns 40 km para o fim, senti uma fisgada na parte interna da coxa direita, acredito que justamente por pedalar muito em pé com as pernas mais abertas. Parei por uns dois minutos e diminuí bem o ritmo das subidas, resolveu, mas isso também abaixou a minha média.
Na ida, o sol estava muito forte e acho que chequei a ter um princípio de insolação; me deu muito sono, moleza, enjoo e parecia estar febril. Acabei não me alimentando direito por causa do enjoo, foram algumas bananas e metade de um sanduíche de queijo branco. O gatorade que a organização disponibiliza para a gente e o estoque de carboidrato que ingeri a semana inteira seguraram a onda legal, não me senti fraco hora nenhuma.
Recomendo a prova, o trajeto sinuoso não cansa psicologicamente, são muitas cidadezinhas no caminho e fica fácil fatiar os 200 km. É sofrido, mas bem gostoso, só não volto lá sozinho de novo; senti muita falta de descansar numa roda de vez em quando, hehe...
Mas o melhor de tudo foi quando cheguei em casa e a minha linda esposa tinha feito uma mega feijoada...
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"Tudo deve ser feito da forma mais simples possível, mas não mais simples que isso!"