Alimentação, disposição e fadiga.

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Pedro Barbosa
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Pedro Barbosa »

Storopoli wrote: 1 pote de doce de leite (Havana, sempre, óbvio)
doce de leite paulista? kkkk

sabe de nada. :vos2

o trem bão é daqui de minas.

eu tenho usado muito é pasta de amendoim integral, uma tal de First, antes e durante pedais mais longos. Antes, na tapioca e, durante, na bisnaguinha. Curtindo muito.

O combo banana+aveia+mel é mato aqui. Mas não consigo comer mingau, apesar de curtir o gosto, a textura e cheiro não me fazem bem.

em resumo, nutrição é igual bunda...
Storopoli
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Storopoli »

Paulista não.
Sabe de nada inocente. Argentino!
Sinceramente, qualquer doce de leite depois de você colocar Havana na boca é esgoto!
Já tomei doce de leite de minhas, de SP, do RJ. Tudo porcaria comparado ao Havana
romanetto
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by romanetto »

Storopoli wrote:Paulista não.
Sabe de nada inocente. Argentino!
Sinceramente, qualquer doce de leite depois de você colocar Havana na boca é esgoto!
Já tomei doce de leite de minhas, de SP, do RJ. Tudo porcaria comparado ao Havana
Nos últimos anos fui inúmeras vezes para a Argentina, e realmente as geleias, os doces-de-leite e os vinhos Malbec de Mendoza são insuperáveis. E os preços, então? Se a gente chega com dólar lá, vira magnata. Argentina... lindas mulheres, muito altivas e elegantes.
Mas o mercado Pão-de-açúcar, não sei agora, tinha uns doces-de-leite argentinos por lá.
Havana é a marca meio popularzona deles. A top deles, segundo muitos amigos argentinos, é a Cachafaz. Pra dizer a verdade, ambas são tão boas que só um sommelier de leite pode dizer qual vaquinha tem a teta mais graúda. :D
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Storopoli
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Storopoli »

Eu fui para BA há uns tempos atrás e no hotel que fiquei tinha um doce de leite em potinhos pequenos nas mesas do café que eu me esqueci o nome. Mas era da Patagônia. Todo café da manhã eu fazia a limpa e subia com uns 8-10 potinhos. Pena que eles acabam né?
marcoaleite
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by marcoaleite »

Recebi hoje no newsletter, High Carb x High Fat

http://home.trainingpeaks.com/blog/arti ... e-athletes" target="_blank?
"But you can’t fake it on a hill. Either you can climb or you’re dropped. That’s it. Bottom line."
Storopoli
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Storopoli »

Eu acho que cada um deve escolher uma das duas modalidades e ver como se sente.
A grande maioria dos ciclistas escolhem high carb por razões óbvias. Não ouvi falar de nenhum Pro ir para high fat. Mas também eles possuem uma carga de treino acima de 15-20h semanais.
O que é importante é não combinar as duas, isso dá uma merda muito grande. Você vai explodir de gordura e aumento de peso.
tbortolotto
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by tbortolotto »

Storopoli wrote:Eu acho que cada um deve escolher uma das duas modalidades e ver como se sente
Eu testei a low carb sem me peocupar com fat (hahhah). Emagreci, comia ateh me sentir satisfeito, não senti mais fome entre as refeições que eram apenas 2x ao dia, mas não senti oq mtos relatam como "não sinto falta do doce". Eu sentia falta não necessariamente de açúcar refinado, mas sim de frutas. Eu senti uma indisposição bem grande nos treinos. Cheguei a quebrar ateh nos de endurance.

To numa vibe mais crudivora agora! Sou 8 ou 80 hahhah
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by elgleidson »

Eu já fiz uma quase low carb durante umas 3 semanas. Evitei comer ao máximo carboidratos e tal, mas acabava consumindo. Me senti bem, mas não tava treinando direto, apenas fins de semana, então não posso dizer nada conclusivo.

Pelo que já li do low carb, eu acho que faz bastante sentido e to querendo começar o low carb/paleolítico de vez, por um tempo mais prolongado, juntamente com treinar todos os dias (tirando os "rest day") pra ver como fica. Tenho curiosidade heheheheh.
Keeepz
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Keeepz »

Eu já fiz IF com KETO ( Com recargas de carboidratos apenas no fim de semana), e posso dizer, pra queima de gordura, melhorar niveis de energia, e saúde, não há melhor.
Mas fazer aquele treino corrida maluca do pelote em jejum, é complicado.
Worf
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Worf »

low carb me parece pouco razoável para quem pedela. Sem carb sem água (por isso chama carboHIDRATO).
A hidratação adequada é fundamental para performance e e funcionamento do organismo. Impossível manter níveis adequados de hidradacao em 4 horas de pedal sem carbos.
Por outro lado o pico insulínico pos treino (maromba) não é uma necessidade. Pode comer gordura sim (meto o Omega 3 lgo depois do treino) e não precisa ficar tomando Malto, Dextrina ou qualquer outro tipo de açúcar no pos treino.
Sou adepto do uso liberal de carbos, porem de baixo IG e quando não for possível associado a gordura (para justamente reduzir o IG).
Controlar a insulina, consumindo muitos carbs, proteína e gordura é o que me parece adequado para manter a performance e controlar o peso da maneira ideal.
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Worf
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Worf »

Leite, o produto da vaca não nosso bravo colega, é o inimigo.
Orientais não tomam leite. E não tem osteoporose e nem aterosclerose como temos.
A maior parte do cálcio que se acumula em nossa artérias vem do leite que tomamos Na ausência de magnésio o cálcio que tomamos proveniente do leito não é absorvido pelos ossos e vai parar na circulação...e os ossos ficam descalcificados, por isso nossos velhinhos tomam leite e andam caindo por ai.
Devemos comer mais algas (como as da comida japonesa) que tem todo o cálcio que precisamos na forma que precisamos., E deveríamos suplementar magnésio (pra não ficar pensando em comida o dia inteiro) mas não suplementar cálcio. O cálcio está naquilo que é verde escuro, nas algas, etc.
O ato médico é a principal causa de morte no mundo (pasmem) e a suplentaçao de cálcio, com recomendações de se tomar leite são mais uma das grandes burradas que geram complicações cometida pelo grosso dos médicos.
Não deveríamos tomar nem leite de mulher depois do desmame, muito menos de vaca.
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Worf
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Worf »

high carb (baixo IG), high fat (ômega 3):
1,87; 86 KG. Na maquinha do nutricionista semana passada bateu 8% de massa gorda. E não sigo a mais rigorosa das dietas, viajo a trabalho para outros países quase todos os meses, tomo café da manha no carro muitas vezes na semana, levo a patroa no motel as sextas e na madruga enfiamos o pé na jaca no pós diversão, com carbs na forma de mousses de chocolate, pós X-Burger triplo com pimenta por exemplo. 39 anos...
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romanetto
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by romanetto »

Agora vi vantagem em eu não poder tomar leite! :D
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Landim »

Quando comecei a pedalar eu fazia Atkins, não aguentei, não recupera. A alguns anos atras testei novamente para ver se conseguia baixar peso, consegui, obvio, desidratei pra caralho, e não conseguia sair do canto tb, pedalzim zona 2 me sentindo um lixo, isto em cetose, medida com a tirinhas de urina. Eu não recomendo, vai perder forma e ainda arriscar fuder seu metabolismo. Se voltasse no tempo sabendo o que sei hoje não faria.
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Storopoli »

Worf wrote: E deveríamos suplementar magnésio (pra não ficar pensando em comida o dia inteiro).
Título: The effect of magnesium supplementation and weight loss on liver enzymes in patients with nonalcoholic fatty liver disease

Retirado do abstract: "No statistically significant differences were observed between the two study groups at baseline and after intervention."
Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3897024/" target="_blank

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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by dmbenati »

Meus pitacos:

- A esposa de um amigo não come glúten e já me mostrou, a exemplo do artigo citado pelo Storopoli, dezenas de papers "comprovando" que o glúten é muito danoso à saúde humana. Soma-se a isso a adesão à dieta livre de glúten de diversos super atletas, melhor exemplo é o Djokovic, estou pensando seriamente em abandonar o trigo, aveia, centeio, cevada, entre outros (cerveja incluso);
- Acabei de descobrir pelos posts acima que não devo tomar mais leite, esquece então do leite;
- Tenho um grande amigo que é vegano, e ele tem um discurso muito claro a respeito das vantagens do veganismo não só na alimentação mas no mundo em geral, trazendo um impacto absurdo em termos de mais sustentabilidade, menor poluição, fim do mal trato aos animais, mais saúde, mais disposição, enfim... bom, já era pra mim então as carnes, mel, ovos, etc;
- Açúcar refinado é o pior veneno da humanidade, esse mantra é ouvido em todos os cantos, então é o fim dos doces em geral!

Após fazer estes ajustes na minha alimentação, vou então iniciar uma campanha mundial em prol da saúde humana implorando que os italianos parem de comer macarrão, que os franceses parem de comer manteiga, que os japoneses parem de comer peixe, que os brasileiros parem de comer rapadura, que os alemães parem de tomar cerveja, que os suíços parem de comer chocolates...

Resumindo meu ponto de vista: Pode-se fazer vasto uso dos diversos alimentos "proibidos", como os povos que citei, comendo com moderação e tendo uma vida equilibrada (dormir, comer, exercitar-se). Estes povos são, pra mim, prova mais que suficiente que a chave é o equilíbrio, inclusive mental, não se privando dos prazeres associados ao consumo moderado dos alimentos que se gosta!
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Landim »

Esqueceu o SAL, rsrsrsr.

Mas a questão não é o que se pode, já ta bem claro que pra sobreviver a gente come qualquer coisa, mas o que se é melhor e mais eficiente. Essa é a busca. Se vai querer aplicar ou não é outra historia.
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Marcelo Marino
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Marcelo Marino »

Coloca o povoado de Vilcabamba na lista:

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equili ... 200807.htm" target="_blank

Seus habitantes fumam, bebem álcool, comem muito sal, tomam muito café, usam drogas. E são um dos povos com maior proporção de pessoas centenárias no mundo.
:lol:
Nunca medir a altura da montanha até chegar ao topo. Em seguida verá o quão baixa ela era.
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Landim »

kkkkkkkkkk

Talvez ele usem o calendário anual de Venus. rsrsr Ou então as dorgas mexe com a capacidade de contar depois de velho.

"His suspicions were aroused when he realized that the villagers were inconsistent in their self-reported ages. For instance, in 1971 he had met a man who reported his age as 122. When Leaf returned three years later, that same man claimed to be 134 years old."

"Apparently MCM did not begin exaggerating his age until later in life. When he was 61 in 1944 he reported an age of "70". Five years later he was reputedly "80". In 1970, at age 87, he was reputedly "121", and in 1974, at 91, he was "127"."

Mas dá pra tirar isso aqui oh: "Although the Vilcabambans did not enjoy greater longevity than the rest of the world, researchers noted that the Vilcabamban lifestyle, which included hard work in a high altitude combined with a low-calorie, low-animal-fat diet, did seem to keep the villagers healthy and vigorous in their old age.
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Leo Miau
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Leo Miau »

Marcelo Marino wrote:Coloca o povoado de Vilcabamba na lista:

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equili ... 200807.htm" target="_blank

Seus habitantes fumam, bebem álcool, comem muito sal, tomam muito café, usam drogas. E são um dos povos com maior proporção de pessoas centenárias no mundo.
:lol:
Legal, fui abrir e apareceu uma mensagem "você já atingiu o limite de 10 reportagens por mês" e hoje é dia 6 ainda, :lance1
100% de nada não é nada: É muito pouco.
Marcelo Marino
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Marcelo Marino »

ENVELHECIMENTO

Qual é o segredo da longevidade?

Médico e escritor argentino lança livro sobre a população de Vilcabamba, no sul do Equador, que vive muito mais do que a média mundial

Ricardo Coler

José Medina, 112, que parou de beber aos 106

ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES

Don José Medina parou de beber aos 106. De vez em quando, ainda toma "um puro" (aguardente), mas não mais de um por dia. Fuma, mas muito menos do que quando "era jovem" -ali pelos 70 anos. Aos 112, não conseguiu largar o chamico, cigarro feito com uma erva alucinógena.
Medina vive em Vilcabamba, um povoado com cerca de 4.000 habitantes no interior do Equador (650 km ao sul da capital, Quito) que a paranóia pela vida saudável ainda não encontrou. As condições sanitárias do local são um desastre -na maioria das casas, não há esgoto nem água encanada. Seus habitantes fumam, bebem álcool, comem muito sal, tomam muito café, usam drogas. E são um dos povos com maior proporção de pessoas centenárias no mundo -cerca de dez vezes mais do que a média. Centenários e saudáveis.
Por ali, é comum encontrar idosos de 110, 120 anos. Lêem sem óculos, conservam os dentes originais. A maioria ainda trabalha e tem vida sexual ativa. Os cabelos ficam brancos quando chega a idade, mas depois voltam à cor natural, sem explicação. E, ao contrário da maioria dos lugares do mundo, os homens vivem mais do que as mulheres.
"Alguma coisa estranha acontece em Vilcabamba", diz o médico e escritor argentino Ricardo Coler, um entre tantos profissionais que foram à cidade em busca de uma explicação. Sobre o mistério, ele escreveu "Eterna Juventud - Vivir 120 Años" (editora Planeta, sem previsão de lançamento no Brasil), em que relata histórias como a de José Medina.
São várias as teorias que tentam explicar a longevidade saudável dos habitantes de Vilcabamba. Cientistas americanos afirmaram que era a composição da água que bebem. Franceses atribuíram o fato ao clima da região. Outros dizem que é o ar, a alimentação saudável à base de milho, batata, vegetais e pouca carne ou a vida tranqüila. Nenhuma explicação foi comprovada até hoje.
"Estudei a água de Vilcabamba, e sua composição se parece bastante com a água que se bebe em Buenos Aires", diz Coler, que também exclui a possibilidade de a longevidade ser genética. "Até os cachorros vivem mais, cerca de 25 anos. Ninguém descobriu a causa, senão já estaria rico."
Há também algumas teorias pseudocientíficas, que vinculam os efeitos benéficos de Vilcabamba à eletricidade no ar ou à possível presença de óvnis e extraterrestres.
Seja qual for a explicação, a fama de Vilcabamba atrai todo tipo de gente. O comediante mexicano Cantinflas (1911-1993) passou o ano de 1968 na cidade, onde teria se curado de problemas cardíacos. Uma ex-executiva da Nasa fundou ali uma espécie de spa new age que promove hábitos saudáveis.
Um ex-astronauta e um general do Exército americano também estão entre os que circulam pela avenida Eterna Juventud, a principal da cidade. Todos, acredita Coler, vão atrás dos 40 anos a mais de vida.
"Por isso, além dos cientistas, chegam os multimilionários, os crentes, os políticos, os messiânicos. Vêm por esses 40 anos como antes se ia por ouro ao velho oeste ou por petróleo ao Oriente Médio", conta.

Nada recomendável
"O século 19 foi o século dos antibióticos, o século 20, o das doenças cardiovasculares e do câncer, e o 21 é o da longevidade", diz Coler, ao justificar por que crê que Vilcabamba é a meca desta época em que ser saudável é fundamental.

[...]
APENAS COMER 30% MENOS DO QUE DEVERIA GARANTE VIDA MAIS LONGA, DIZ O MÉDICO E ESCRITOR RICARDO COLER; OS LONGEVOS SÃO SEMPRE GENTE MAGRINHA

O problema é que Vilcabamba carrega em si uma contradição. Apesar de viverem 120 anos e de não ficarem doentes, a conduta de seu povo está distante de ser regrada e a preocupação com a saúde passa longe de suas roças, puros e chamicos. O chamico é uma planta tóxica e alucinógena, também chamada de erva do diabo, que antigamente era usada por xamãs e indicada para acalmar dores fortes, como a do parto. "Seus primeiros efeitos podem ser comparados com os da maconha; depois de algumas tragadas, somam-se os da cocaína", explica Coler. "Traz alucinações, pensamentos fantásticos, perda de memória, excitação e fúria." Em Vilcabamba, virou hábito diário.
"Aos amantes da virtude é insuportável que os vilcabambenses vivam mais tempo e em melhores condições que os que não têm vícios. Parece injusto", afirma Coler. "Nada do que eles fazem é recomendável."
Um médico que foi estudar aquele povoado saiu de lá sem grandes conclusões e a única mensagem que deixou para aqueles senhores foi: "Não comam sal". Os longevos, é claro, ignoraram o conselho.
Como agir sem regras a seguir? É difícil, acredita Coler, numa época em que a medicina ocupa um lugar muito parecido com o que já teve a igreja. "Se você segue suas vontades, paga com a doença. Sempre estão o castigando com o que você faz. Quem pode discutir hoje um conselho médico? Se a medicina diz, é verdade."

Velhice como doença
O médico está menos preocupado em encontrar a razão para a longevidade dos cidadãos de Vilcabamba do que em buscar fundamentos para a sua idéia da velhice como uma doença, entre tantas outras.
"Dizer que é normal e que todo mundo envelhece, mesmo que não pareça, é uma forma de pensar. Uma posição filosófica", argumenta Coler no livro. "Será a doença mais difundida de todas, mas é uma doença. Parece que em Vilcabamba há uma espécie de antídoto que produz uma melhora."
Ele cita estudos que determinam que há cerca de dez causas de ordem molecular que provocam envelhecimento e sobre as quais em algum momento será possível atuar.
"Então os 120 anos que até agora são um limite podem se converter em 150. Velhice e morte deixarão de ser palavras absolutas", acredita.
Em Vilcabamba, conta Coler, as pessoas não sofrem durante anos com doenças. Um dia, sentem-se mal e morrem. "Gostaria que meu pai pudesse ter tido uma velhice como a de um deles. Seria bom se todos os problemas da idade não se estendessem, se juntassem por um período curto no final da vida", afirma Coler, que, enquanto conhecia os saudáveis idosos equatorianos, tinha que administrar as idas ao hospital e as enfermeiras dos pais, "apenas" octogenários, mas doentes e dependentes.
Para ele, quando -e se- a fórmula da fonte da juventude do povoado equatoriano for descoberta, talvez ela até possa ser distribuída. Mas, enquanto a água ou o ar vilcabambenses não chegam pelo correio, é melhor prevenir.
"O que hoje funciona é a prevenção. Mas prevenir muito tem algo de perverter um pouco", escreve Coler. "Tomara que em Vilcabamba exista outra possibilidade, a de viver mais sem se mortificar tanto."

[...]
OS CENTENÁRIOS DE VILCABAMBA LÊEM SEM ÓCULOS, CONSERVAM OS DENTES ORIGINAIS; A MAIORIA TRABALHA E TEM VIDA SEXUAL ATIVA; SEUS CABELOS FICAM BRANCOS, MAS VOLTAM À COR NATURAL SEM EXPLICAÇÃO
Nunca medir a altura da montanha até chegar ao topo. Em seguida verá o quão baixa ela era.
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by romanetto »

Texto estapafúrdio. Se não bastasse sua impropriedade estética e sua irrazoabilidade analítica, ainda corrijo que o século XIX jamais poderia ter sido o século dos antibióticos, já que o antibiótico foi descoberto acidentalmente por Fleming em 1928 e comercializado popularmente apenas durante a Segunda Guerra Mundial.
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Storopoli »

dmbenati wrote:Meus pitacos:

- A esposa de um amigo não come glúten e já me mostrou, a exemplo do artigo citado pelo Storopoli, dezenas de papers "comprovando" que o glúten é muito danoso à saúde humana. Soma-se a isso a adesão à dieta livre de glúten de diversos super atletas, melhor exemplo é o Djokovic, estou pensando seriamente em abandonar o trigo, aveia, centeio, cevada, entre outros (cerveja incluso);
- Acabei de descobrir pelos posts acima que não devo tomar mais leite, esquece então do leite;
- Tenho um grande amigo que é vegano, e ele tem um discurso muito claro a respeito das vantagens do veganismo não só na alimentação mas no mundo em geral, trazendo um impacto absurdo em termos de mais sustentabilidade, menor poluição, fim do mal trato aos animais, mais saúde, mais disposição, enfim... bom, já era pra mim então as carnes, mel, ovos, etc;
- Açúcar refinado é o pior veneno da humanidade, esse mantra é ouvido em todos os cantos, então é o fim dos doces em geral!

Após fazer estes ajustes na minha alimentação, vou então iniciar uma campanha mundial em prol da saúde humana implorando que os italianos parem de comer macarrão, que os franceses parem de comer manteiga, que os japoneses parem de comer peixe, que os brasileiros parem de comer rapadura, que os alemães parem de tomar cerveja, que os suíços parem de comer chocolates...

Resumindo meu ponto de vista: Pode-se fazer vasto uso dos diversos alimentos "proibidos", como os povos que citei, comendo com moderação e tendo uma vida equilibrada (dormir, comer, exercitar-se). Estes povos são, pra mim, prova mais que suficiente que a chave é o equilíbrio, inclusive mental, não se privando dos prazeres associados ao consumo moderado dos alimentos que se gosta!
Nananananananão, não falei nada do glúten. Glúten é seu amigo, a não ser que você seja celíaco (1% da população mundial). Até agora não comprovaram nada que exista a tal da "intolerância ao glúten". É apenas algo para empresas e nutricionistas ganharem $$$$. O que ocorre é que comidas que geralmente possuem glúten são densas caloricamente. E aí, os caras associam a perda da "pochete" com o corte do glúten da dieta. Só que na verdade ele apenas reduziu suas calorias e começou a comer com um pouco mais de qualidade.

Veganismo ético eu acho a maior palhaçada do mundo. Uso couro e ainda sendo vegetariano faço um churrasco de dar água na boca.

Açúcar refinado quando você está com a bunda em cima do selim é o seu melhor amigo e a substância que promove o maior aumento de desempenho! Mais que EPO, cafeína, esteróides. Não sei porque não foi banido pela WADA ainda.

Eu sou vegetariano por motivos de saúde. Quero passar dos 100. Mas como meus doces e sobremesas da vida com moderação.
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by dmbenati »

Storo, cara, vc entendeu mal... não disse que vc falou de glúten, só disse que a amiga em questão baseia-se em artigos científicos (a exemplo do que vc fez para citar o Mg, por exemplo) pra justificar não comê-lo. Óbvio que vc não falou de glúten, é só ler sua mensagem! :)

Faltou mesmo o sal, Landim, esqueci! Resumo da ópera: para não desapontar ninguém só sobra mesmo comer verduras - hoje vou jantar alface, amanhã mando uma rúcula grelhada e tá valendo! :lol:
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by dmbenati »

A propósito, essa sua colocação sintetiza bem o que penso: "Eu sou vegetariano por motivos de saúde. Quero passar dos 100"... não há nada que ligue ser vegetariano com viver mais, até onde sei, o que não quer dizer que você não deva ser vegetariano nem acreditar que vai passar dos 100 por causa disso: você deve fazer o que quiser, acreditar no que quiser, assim como o vegano, o que não come glúten, o que não come sal, açúcar, quiabo, etc... a isso dá-se o nome de livre arbítrio, mas não ciência... por isso iniciei citando os "artigos" que defendem esse ou aquele meio de alimentação!

Existem populações que vivem muito ao redor do mundo com os mais diversos hábitos alimentares, Mediterrâneo, Vilcabamba, Okinawa, etc, etc, e ainda assim, o que vale para eles pode não valer para a gente porque tem muita variável envolvida, que vai desde genética até meio ambiente, passando por estilo de vida, stress, nível de sedentarismo, etc, etc... colocar tudo no papel e chegar à formula da longevidade eu acho extremamente ingênuo, daí que digo que é crença, não ciência, e aí então está ok, cada um com a sua - mas sem tentar convencer os outros, já que é sua crença! Isso é totalmente diferente de estudar os consumos seguros de sal, testar princípios ativos de alimentos, estabelecer padrões de consumo de álcool, etc, isto sim muito mais científico.

Veja, não estou te criticando, muito pelo contrário, defendo seu direito de comer o que quiser - só não acho de verdade que exista um caminho para a vida longeva que passe explicitamente pela dieta, como disse, dada a quantidade de variáveis envolvidas neste processo.
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Magnus »

O sal e o açúcar talvez sejam os piores inimigos da saúde, mas tem o que já falaram aí pra cima, tudo depende do organismo e da intensidade das atividades.

Eu cortei muito do sal e o açúcar cortei completamente. Mas uso os dois, e muito, quando saio pra pedalar; coloco numa garrafa uma colher de sopa bem cheia de açúcar, meia colher de sobremesa de sal, meio limão e completo com gelo e água. A cada 10 km dou um belo gole na mistura e nunca mais senti necessidade de usar gel. Até 80 km vai na boa, não sinto fome, fraqueza ou sede; a partir daí já cai bem um lanchinho e começo a tomar água.

Em relação ao vegetarianismo, acho bacana essa preocupação e também já tive, mas larguei quando percebi que o meu esforço não ia salvar o planeta. Além disso, dá pra ter uma dieta bem saudável comendo de tudo.
"Tudo deve ser feito da forma mais simples possível, mas não mais simples que isso!"
elgleidson
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by elgleidson »

Fumo, bebo, trabalho sentado, chego em casa e só fico no sofá, não pratico atividade física nenhuma. Mas sou vegetariano, então vou viver mais do que vocês "assassinos de animais" :wigo1

Desculpa a brincadeira, não pude resistir.
Storopoli
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Storopoli »

Hahahahaha boa Elgledison.
Mas concordo cada um come o que quer. Eu só discuto alegações postadas aqui. Como o exemplo do magnésio, do leite, do whey etc.
Muita coisa é bombardeada comercialmente para nós e não tem nenhum benefício que promete.
Worf
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by Worf »

Storopoli wrote:
Worf wrote: E deveríamos suplementar magnésio (pra não ficar pensando em comida o dia inteiro).
Título: The effect of magnesium supplementation and weight loss on liver enzymes in patients with nonalcoholic fatty liver disease

Retirado do abstract: "No statistically significant differences were observed between the two study groups at baseline and after intervention."
Fonte: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3897024/" target="_blank

In God we trust; all others must bring data.


e quanta experiência vc tem analisando estudos clínicos. Há 17 anos confronto dados conflitantes de estudos clínicos/
O Lair Ribeiro que é malandro, babaca, mas inteligente desmoraliza, por exemplo, o conceito de que estrógeno e testo tem relação com câncer de mama e próstata respectivamente.
Existe a tese do cara da UFPR (esqueci o nome, mas vc que é esperto pode encontrar) discutindo com a medicina baseada em evidencia é uma fraude, pq os médicos não estudam os paper, leem os resumos.
E finalmente, vc realmente esta perdido e não entendeu nada se acha que existe interesse financeiro de alguém em vender magnésio. Não entendeu a ciência médica e nem a econômica que move o consumo de medicamentos.
Dont believe in God, believe and who was there and have done that...
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romanetto
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Re: Alimentação, disposição e fadiga.

Post by romanetto »

Conta muito a aleatoriedade estatística, que foge do pôr teleológico do indivíduo singular (ou seu campo de ação básico) e fica no diapasão da acidentalidade. Ainda que isso não defina por si só a sua longevidade, portanto, deve-se seguir tudo que for possível para o prolongamento das possibilidades imanentes. O caso dos indivíduos de uma determinada localização terem uma longevidade maior deve ser estudado, mas livre de moralismo pseudo-científico, para sair da boçalidade básica dos estúpidos mentais. Deve ser analisada diversas variáveis, dentre estas o meio ambiente e o modo de vida, mas também a questão genética evolutiva de determinada etnia.
دفاعا عن فلسطين
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